A verdade sobre a Palestina


A “verdade sobre a Palestina” envolve uma história profunda de identidade nacional, perda territorial, ocupação militar e luta por autodeterminação. Assim como no caso de Israel, é essencial abordar o tema com equilíbrio, reconhecendo as complexidades políticas, históricas e humanas.

A seguir, um resumo objetivo e aprofundado:

1. Raízes da Palestina

A região da Palestina histórica inclui a atual Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Antes de 1948, era habitada majoritariamente por árabes palestinos (muçulmanos, cristãos e judeus) sob o Império Otomano e depois o Mandato Britânico.

Os palestinos desenvolveram uma identidade nacional própria no início do século XX, especialmente em reação ao colonialismo britânico e ao crescimento do movimento sionista.

2. A Nakba ("catástrofe", 1948)

Em 1947, a ONU propôs dividir a Palestina em dois Estados: um judeu e um árabe. Os países árabes e os palestinos rejeitaram a proposta, considerando-a injusta (56% do território para os judeus, que eram 33% da população).

1948: Após a declaração de independência de Israel, ocorre a primeira guerra árabe-israelense. Mais de 700 mil palestinos foram expulsos ou fugiram das suas terras — evento lembrado como a Nakba.

Israel não permitiu o retorno desses refugiados, que hoje somam milhões com seus descendentes, espalhados por campos em Gaza, Cisjordânia, Líbano, Síria e Jordânia.

3. Ocupação e Colonização

1967 - Guerra dos Seis Dias: Israel ocupa a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.

Desde então:

A Cisjordânia está sob ocupação militar israelense.

Gaza ficou ocupada até 2005, mas está cercada por Israel e Egito.

Colônias israelenses foram construídas na Cisjordânia, o que é ilegal sob o direito internacional.

4. Condições de Vida

Cisjordânia: Fragmentada por check-points, muros e colônias. A liberdade de movimento é severamente limitada.

Gaza: Sofre com um bloqueio total desde 2007. A população vive sob apagões, falta de água potável, altas taxas de desemprego e bombardeios periódicos.

Jerusalém Oriental: Foi anexada por Israel (não reconhecido internacionalmente), e palestinos enfrentam demolições de casas e dificuldades para manter seus direitos de residência.

5. A Resistência e seus Dilemas

Muitos palestinos veem sua luta como resistência legítima à ocupação.

Grupos como o Fatah (secular, na Cisjordânia) e o Hamas (islâmico, em Gaza) divergem em métodos e ideologias.

O Hamas, embora eleito em Gaza em 2006, é classificado como organização terrorista por Israel, EUA e UE por atacar civis.

Mas muitos palestinos o veem como um símbolo de resistência à ocupação e ao bloqueio.

6. O Fracasso do Processo de Paz

Acordos de Oslo (1990s) prometiam dois Estados, mas fracassaram.

Motivos do colapso:

Expansão contínua de colônias israelenses.

Divisão política interna palestina.

Falta de pressão internacional eficaz.

Desigualdade de poder brutal entre Israel (um dos exércitos mais modernos do mundo) e os palestinos desarmados ou com armas rudimentares.

7. Direitos Humanos e Apartheid

Organizações como Human Rights Watch, Anistia Internacional e a ONU acusam Israel de práticas de apartheid contra os palestinos:

Leis diferentes para israelenses e palestinos em áreas ocupadas.

Demolições de casas, prisões administrativas, restrições à circulação.

Israel nega essas acusações e diz que toma medidas de segurança contra o terrorismo.

8. A Narrativa Palestina

A verdade sob a perspectiva palestina envolve:

Perda de uma terra natal, sem direito de retorno.

Viver sob ocupação e bloqueio por gerações.

Tentativas frustradas de autodeterminação.

Estigmatização da resistência, mesmo quando pacífica.

Conclusão

A causa palestina é uma luta por dignidade, terra, liberdade e autodeterminação. Ela é frequentemente obscurecida por narrativas dominantes que retratam os palestinos apenas como agressores ou terroristas, ignorando décadas de sofrimento civil.

A paz verdadeira só será possível quando os direitos dos palestinos forem plenamente reconhecidos e respeitados.

Comente com o Facebook: